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sábado, 17 de janeiro de 2015

Gordinha saudável desafia reinado do IMC

Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-01-22/gordinha-saudavel-desafia-reinado-do-imc.html

Estudo aponta que, sozinha, fórmula de calcular o peso dividido pela altura ao quadrado não mensura risco à saúde. Check-ups aprovam silhueta plus size.


Durante anos, a fórmula que divide o peso pela altura ao quadrado, chamada de Índice de Massa Corporal (IMC), reinou absoluta na matemática da dieta.
Quando o resultado da conta superava o algarismo 25, o sinal claro era de que a saúde exigia o emagrecimento.

Recentemente, as gordinhas saudáveis entraram para equação. Trazidas pela onda plus size, elas provocaram reviravolta na medicina. A última sacudida no reinado do IMC foi provocada por ampla pesquisa, publicada este mês no Journal of the American Medical Association (Jama), uma das publicações científicas mais respeitadas no meio médico.

Babi Monteiro está com ótima saúde, mesmo com o IMC elevado.

Os pesquisadores revisaram 97 estudos (envolvendo 2,9 milhões de pessoas) e constataram que os inseridos na categoria sobrepeso – com IMC entre 25 e 30 – apresentavam risco de morte 6% menor do que os catalogados como magros no IMC (entre 18,5 e 24).
A controvérsia sobre a fórmula do peso saudável é exemplificada por pessoas como Babi Monteiro, 40 anos. Os 83 quilos que ela mantém em 1,65 metro de altura indicam que, sim, ela não é aprovada pela métrica do IMC (o dela é 30). Mas os check-ups anuais evidenciam que no corpo curvilíneo de Bebi não há colesterol altopressão desequilibrada,diabete ou qualquer outra ameaça ao bom funcionamento do organismo.
Paradoxo
Pelos especialistas do mundo todo, esta condição de quilos a mais sem problemas que impõem risco à saúde vem sendo chamada de “paradoxo da obesidade”.
“Quando o médico hipervaloriza o sobrepeso, sem avaliar outras condições do paciente, como diabetes e colesterol (nominadas de comorbidades), ele pode indicar o emagrecimento de forma precipitada, sem justificativa de saúde”, avalia o endocrinologista Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica Metabólica.
Há pelo menos 5 anos, Ramos e um colegiado de médicos do País divulgam as falhas nos indicativos de saúde creditados ao IMC. Estas controvérsias sobre o alcance da fórmula, inclusive, têm sido usadas nas discussões travadas entre a Sociedade, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério da Saúde.
Na pauta, a defesa dos cirurgiões bariátricos é de que a matemática peso/altura deixe de figurar como o único critério para legitimar cirurgia de redução de estômago.
“Embasados em pesquisas, nós defendemos que o diabetes, por exemplo, tenha peso semelhante ao IMC em favor da indicação cirúrgica, segundo o presidente.
"Já sabemos que o índice não é o melhor método para medir risco à saúde. É uma ferramenta válida, mas não completa. O mais importante é ver a distribuição da gordura. Se estiver concentrada na região da cintura, há risco maior de problemas cardiovasculares, risco este que independe do IMC do paciente”, completa Cintia.
Saúde plus size
Neste contexto, há um movimento de mulheres e médicos que pedem o fim da ditadura do peso ideal, mantido no posto pela máxima de que ele, só ele, é capaz de proteger a saúde.
A musa do embate, a cantora Gaby Amarantos, já declarou ao iG ser muito mais saudável agora, vestindo calça 42, do que na época em que provocava vômito após comer ( Transtorno chamado bulimia) para entrar no jeans 38.

Em nome do corpo magro, já detectou o Centro de Referência de Tratamento de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), as mulheres – especialmente – não abandonam o cigarro com receio de engordar.
Os casos de anorexia, distúrbio caracterizado pelo jejum quase absoluto, também estão em ascensão e uma pesquisa inglesa concluiu que, mesmo após os 70 anos, sete em cada dez idosas fazem dietas, muitas delas incluindo rotinas bulímicas e uso de purgantes.
Modelos
Para Babi Monteiro, da mesma forma que uma modelo anoréxica não pode servir de exemplo para ninguém, uma obesa mórbida, ameaçada pela gordura excessiva, não é um estilo de vida a ser incentivado.
“Não faço apologia da gordura, mas questiono o que é beleza e o que fazer em nome dela. Eu faço aula de dança do ventre diariamente, tenho disposição a mil, alimentação saudável, rica em ômega 3, mas também com espaço para o chocolate e os bolos”, diz Babi.
“Estou com a saúde em dia e vou me matar para emagrecer por qual motivo?”, questiona ela que é modelo plus size, formada em direito e consultora de moda. Babi é a prova de que por trás do manequim 44 também bate um coração... “um coração bem saudável, obrigada”, completa ela.
Parabéns ao portal IG pela matéria e a minha amiga Babi pela bela entrevista.

Beijinhos 
Renatha Silva

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